Eletricista bem recomendado? Nem sempre é aquele que nunca comete erros na instalação elétrica. É aquele que comete o menor número possível de enganos. Há uma série de equívocos que desqualificam um profissional desse setor. Mas você é capaz de evitá-los. Encontre aqui os principais:
1. Instalar disjuntores e cabos elétricos desajustados uns com outros
Um disjuntor serve para proteger os circuitos elétricos contra sobrecarga de energia. É preciso que você conheça a capacidade dos condutores e dos cabos de eletricidade do circuito que for instalar. Dessa forma você escolhe um disjuntor com uma capacidade compatível com a capacidade deles. Se o disjuntor apresenta uma capacidade desajustada, ele não é capaz de barrar uma eventual sobrecarga de corrente elétrica ou mesmo um curto-circuito. Então, a situação pode levar ao início de um incêndio.
A capacidade dos condutores e cabos elétricos é definida por letras (A até G), sendo que totalizam nove categorias. Você encontra as definições na norma NBR 5410 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Para escolher um disjuntor geral para uma casa, é preciso calcular a corrente elétrica (em amperes) que passará por ele. Outra informação necessária é se a tensão no circuito elétrico é de 127 volts ou 220 volts.
2. Usar bitolas incorretas
Bitola é o termo usado para indicar a espessura de um fio condutor de eletricidade. O termo usado na NBR 5410 é seção mínima. Para instalação elétrica em residências nas quais serão usados condutores de cobre, essa norma recomenda dois tipos de bitola:
- 1,5 mm2 para circuitos de iluminação (lâmpadas)
- 2,5 mm2 para circuitos de força, aqueles que incluem tomadas de uso geral.
O eletricista que instalar condutores com a bitola incorreta está assumindo o risco de causar prejuízos ao cliente. Esses podem ser:
- Aquecimento excessivo dos condutores
- Funcionamento precário dos eletrodomésticos
- Gasto desnecessário com a conta de luz.
3. Ignorar as tomadas de uso específico
Alguns aparelhos como chuveiro, geladeira, ar condicionado e micro-ondas, funcionam com uma potência elevada. As tomadas que recebem as cargas desses aparelhos devem ser condizentes com essa carga. Ou seja, devem ser de 20 amperes.
Ao não instalar as tomadas de uso específico, o eletricista obriga o morador a usar tomadas de 10 amperes. Então, vai haver uma sobrecarga dos condutores nesse ponto. Além disso, o erro pode provocar um dano nos aparelhos.
4. Não se atentar à potência do chuveiro
Ao fazer a troca do chuveiro, antes de mais nada, você deve verificar se a potência do novo chuveiro é suportada pelo circuito elétrico ligado ao chuveiro antigo.
A pressão da água e a temperatura inicial são fatores que influenciam na escolha da potência do chuveiro. Até mesmo o local onde o chuveiro será instalado, pode afetar na escolha. Por exemplo, um chuveiro instalado no segundo andar de uma casa trabalha sob uma pressão menor do que um chuveiro instalado no piso térreo.
Verifique a tensão correta do local que será instalado o chuveiro. Muitas vezes, não sabemos se a tensão correta é de 127 ou 220 volts, mas isso pode ser facilmente resolvido usando Testes de Voltagem. Em seguida, avalie a capacidade dos fios conectados ao disjuntor para o chuveiro.
Quando os itens são escolhidos de forma inadequada, o inconveniente não é somente o desarme do disjuntor e a parada do chuveiro. Há risco de superaquecimento dos fios e até início de fogo no quadro de luz.
5. Negligenciar o aterramento
De acordo com a NBR 5410, o aterramento é um procedimento obrigatório. Quem faz pouco caso dessa obrigatoriedade coloca os circuitos em risco. Quando existe uma fuga de corrente elétrica e falta o dispositivo de aterramento para dar vazão a essa corrente, essa pode ser direcionada para o corpo de alguém. Além disso, o aterramento conduz as cargas eletrostáticas, aquelas geradas por atrito e sem que a gente perceba.
Portanto, realizar o aterrar dos circuitos e também dos aparelhos que ficam em locais com invasão de umidade (chuveiros, máquinas de lavar, secadoras) é proteger tanto os componentes elétricos quanto quem faz a manutenção dos equipamentos.
Agora que você conhece as principais “derrapadas” feitas por eletricistas, faça a diferença! Fuja desses erros e seja um profissional altamente recomendado.